Pelos meados da década de 1950, houve uma medonha seca pelas regiões profundas de Minas Gerais, narrava o Agenor. Contava-se para mais de 6 meses sem sequer uma chuva molha-bobo. O vento levantava a poeira fazendo caracóis que tocavam os céus. As margens do velho rio Piranga trincavam à medida que suas águas regrediam. AoContinuar lendo “A chuva de Santo Antônio”
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Se não houver caridade, nada seremos
Agenor, embora fosse homem de pouca formação escolar, era muito conhecido e sempre queriam-no ouvi-lo por onde passava. E tal qual seu ídolo maior, ninguém menos que Jesus Cristo, sempre falava em parábolas. Muitas vezes instauravam-se as dúvidas se suas histórias eram reflexos de suas vivências, de pessoas que conheceu ou se criação da mente,Continuar lendo “Se não houver caridade, nada seremos”
O ceifador
Lá pelos idos do século XX, pelos profundos rincões das Minas Gerais, de pomposos proprietários, muitas nababescas fazendas existiam. Ainda pouco divididas com herdeiros, tais propriedades tinham dimensões, muitas vezes, desconhecidas pelos próprios donos. Havia também, dadas as proporções, muitos peões, carreiros, boiadeiros e demais nomenclaturas do gênero. Tudo em generosos números. Era comum emContinuar lendo “O ceifador”
Heroes
“Se você encontrar um homem sábio, madrugue para visitá-lo, e que seu pé gaste a soleira da sua porta.” Segundo Adão Carlos, pensador e poeta nova-serranense, tal fragmento vem do Eclesiástico 6:36. É bem verdade tal preceito. E Agenor, mesmo sendo sábio de nascimento, também andava à luz do citado ensinamento. Mas um imbróglio sempreContinuar lendo “Heroes”
O dia do bem
Fui vacinado com a vacina contra a COVID, já há um tempo torcendo que a imunização avançasse idades abaixo, feliz, eu recebia a comunicação via whatsapp através do meu irmão. O agendamento estava disponível para as pessoas a partir de 40 anos. Não hesitei, dentro do carro estacionado na rua, iniciei imediatamente o agendamento doContinuar lendo “O dia do bem”
Prazer em conhecer, Agenor
Agenor era, antes de tudo, um forte. Não confunda com as referências feitas por Euclides da Cunha. Era sim, um sertanejo matuto e sabido, detentor de conhecimentos práticos e empíricos. Pertencente a uma família de iguais predicados, tudo na mesma linha dos heróis citados pelo autor de Os Sertões. Era forte no sentido lógico daContinuar lendo “Prazer em conhecer, Agenor”
Eso no existe
A nossa boa (nem tão boa assim) e velha política tupiniquim sempre nos surpreende, para bem ou para mal, isso é comum e todos já se acostumaram. O que é um erro. No entanto, por vezes nos surpreende de forma neutra, nem bom, nem ruim, mas de forma curiosa. Como o caso da deputada JoiceContinuar lendo “Eso no existe”
Bendita seja a narrativa, a palavra
Os tempos de polarização, acirrados imbróglios políticos, as tensões pandêmicas nos trouxeram uma CPI, a da COVID, mais visível, discutida e questionada que as demais, tal CPI nos evidenciou um termo comum usado ora lá, ora cá, o termo “narrativa”. Tristemente colocado em contextos nada gloriosos, diferentemente da linha histórica do vocábulo. Narrativa, somente paraContinuar lendo “Bendita seja a narrativa, a palavra”